sexta-feira, 14 de junho de 2013

Pai é morto após tirar satisfação com garoto de 10 anos, que teria estuprado sua filha de 12 anos


 Nestor MüllerUm encarregado de hidráulica de 35 anos foi morto a pauladas ao tirar satisfações com dois irmãos de 10 e 11 anos. Os garotos são suspeitos de terem estuprado a filha dele, de 12 anos. Um adolescente de 17 anos, irmão dos meninos, acabou apreendido pelo assassinato. Os nomes dos envolvidos e o local do crime não serão divulgados para preservar a identidade das crianças e dos adolescentes envolvidos.

Toda a confusão teve início quando o encarregado chegou em casa, após o trabalho, na quarta-feira, em Vila Velha. Ele foi abordado pela filha, que afirmou ter sido violentada pelos dois meninos. Revoltado, o homem saiu de casa e, nas proximidades de uma igreja evangélica, encontrou o menino de 10 anos e deu um tapa no rosto dele.

Um primo do menino, de 18 anos, assistiu à cena e avisou ao irmão mais velho do garoto, um adolescente de 17 anos que seguiu para o local. O primo discutiu com a vítima. O rapaz de 18 anos pegou uma ripa, bateu na cabeça do encarregado e correu. O pai da menina teria perseguido o rapaz, com uma faca nas mãos.

Para defender o primo, o adolescente de 17 anos também pegou uma ripa da cerca da igreja e foi atrás deles. Ele deu vários golpes no encarregado hidráulico.

> Leia mais notícias em Minuto a Minuto
O encarregado ainda teria perseguido o adolescente, que conseguiu fugir. Pouco depois, o jovem de 17 anos foi avisado que o homem morreu e que todos o apontavam como autor do crime. O adolescente ficou em casa, até a polícia chegar. Ele foi autuado em flagrante por homicídio e encaminhado para a Unidade de Atendimento Inicial (Unai), em Maruípe. O primo dele não foi localizado pela polícia.
Foto: Nestor Müller
 Nestor Müller
O pau usado no assassinato foi retirado da cerca da igreja aonde o pai estava
Policiais e familiares da vítima questionam se a filha da vítima realmente sofreu violência sexual. “Achamos a história muito estranha. Difícil acreditar que uma menina de 12 anos tenha sido violentada por dois meninos mais novos”, disse um policial que participou do flagrante.

Salva de palmas na despedida ao encarregado

Colegas de trabalho do encarregado da área hidráulica compareceram ao velório, na tarde de ontem. Com uma salva de palmas, eles se despediram do amigo.

“Ele era companheiro e muito responsável. Não era de conversa ou de brincadeiras, mas um trabalhador exemplar. Soubemos da morte dele, hoje cedo, quando chegamos para trabalhar. É uma perda muito grande”, lamenta o pedreiro Admilson Muniz de Oliveira, 50 anos, colega de trabalho.

O encarregado trabalhava havia cerca de dois anos e meio na mesma empresa. “Era muito responsável, não chegava atrasado e, às vezes, até passava do horário para atender as demandas”, afirmou José Lirio da Cruz, 55 anos, pedreiro.

Ele deveria ter apurado melhor a história. A reação violenta dele foi desnecessária, a reação dos parentes do menino também. Faltou conversa de ambos os lados
X., irmão da vítima
Sobre a atitude do irmão diante do possível estupro da filha
Investigação

Segundo o delegado José Lopes, titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha, a linha de investigação está baseada no suposto acerto de contas do pai após saber que a filha havia sido estuprada.

“Estamos a procura do outro primo dos agressores da garota, que agiu com o autor, para prestar esclarecimento. Ele saiu do bairro, mas mantivemos as buscas”, informou o delegado José Lopes


“Eu dei umas pauladas na cabeça dele”

X, Adolescente acusado

Aos policiais, o adolescente de 17 anos falou sobre o crime do qual foi acusado.

Você matou o bombeiro hidráulico?
Olha, eu dei umas pauladas na cabeça dele.

Quantas?
Umas três ou quatro.

Acha que foi o suficiente para matá-lo?
Não sei. Falaram que fui eu.

Como tudo aconteceu?
Ele (o bombeiro hidráulico) bateu no meu irmão mais novo. Depois, discutiu com meu primo, que lhe deu uma ripada. Ele perseguiu meu primo com uma faca, eu peguei outra ripa e fui ajudar.

Como soube da morte?
Fui para casa, depois da confusão. Foram lá me avisar que ele tinha morrido. Fiquei quieto, até a polícia chegar.

E agora?
Estão me acusando. Então tenho que cumprir o que for determinado.
Fonte: www.gazetaonline.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário