quarta-feira, 3 de julho de 2013

Capixaba morre ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos

A capixaba Silvinha da Silva Braga, de 45 anos, morreu enquanto tentava entrar ilegalmente nos Estados Unidos pelo mar do Caribe. Ela estava acompanhada do marido, Adilson Gonçalves de Oliveira, de 42 anos, quando o bote em que estavam virou, na madrugada desta segunda-feira (01). Como não sabia nadar, Silvinha acabou falecendo. O marido não se feriu, e agora tenta junto com a família trazer o corpo da esposa para o Espírito Santo. 

O casal é dono de uma loja de materiais de construção em Alto Rio Novo, Noroeste do Estado, e buscava uma oportunidade de trabalho no exterior. De acordo com a filha do casal, Natieli Braga de Oliveira Mauro, de 21 anos, os pais saíram de Alto Rio Novo no começo do mês passado e pretendiam ficar nos EUA por pelo menos três anos, para juntar dinheiro e melhorar a condição financeira da família. "Eles iriam para trabalhar. Ficariam na casa de uma tia minha, que já mora nos EUA há alguns anos. Nós levamos eles de carro até Mantena (MG), de lá eles seguiram de ônibus. Mas a gente não sabe de nada, qual o trajeto que eles fizeram, e nem com quem foram", contou a filha, que disse ainda ter ficado pelo menos 15 dias sem contato com os pais.

Por telefone, mãe disse que estava bem

Natieli falou com a mãe pela última vez na quinta-feira da semana passada, quando os pais estariam provavelmente nas Bahamas. "A gente não tinha telefone de ninguém, não sabia se estavam acompanhados. Quando consegui falar com eles, minha mãe disse que estava tudo bem, que eles estavam esperando a hora certa para atravessar, porque o mar estava muito agitado", lembrou.

A polícia americana informou à família que Silvinha teria morrido na madrugada de domingo para segunda-feira, mas a família só soube da morte na noite de segunda. "Minha tia que mora nos EUA só conseguiu nos avisar ontem (segunda) a noite. Falei com o meu pai hoje (terça) de manhã. Ele me pediu perdão, disse que tentou, mas não conseguiu salvar a minha mãe. Ele contou que o bote em que eles estavam virou, e como ela não sabia nadar, acabou morrendo afogada. Além dela, morreram mais três pessoas", afirmou.

O pai de Natieli, Adilson Gonçalves de Oliveira, de 42 anos, continua nos EUA e tenta conseguir os documentos necessários para a liberação do corpo da esposa. Além disso, o consulado americano avisou à família que é necessário pagar a quantia de 5 mil dólares para o translado do corpo até o Brasil. "Nós não temos essa quantia toda, mas vamos ter que dar um jeito. A gente quer ajuda do governo. O corpo da minha mãe não pode ficar abandonado lá", disse a filha.
Fonte: www.gazetaonline.com.br

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