quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mantenópolis: MPES denuncia médico e diretores de hospital por homicídio doloso

Mantenópolis
Mantenópolis
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Mantenópolis, denunciou dois diretores e um médico que atuaram no Hospital Maternidade Nossa Senhora das Dores, localizado na cidade. A denúncia imputa aos acusados o crime de homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual, em razão da morte de três crianças neonatas, no período de apenas um mês.
Segundo as investigações, os diretores denunciados contrataram o médico para realizar plantões no período de férias de médicos do hospital de Mantenópolis. Durante o período de um mês, em três partos ocorridos naquele hospital, os três recém-nascidos morreram. O MPES constatou também que o médico contratado era formado no exterior e não validou o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) no Brasil. Além disso, constatou-se erros primários que impuseram às gestantes graves sofrimentos e resultaram na morte das três crianças.
Os diretores do hospital não verificaram se o médico era habilitado para o exercício da profissão e, mesmo após saber que ele sequer tinha registro no CRM, permitiram a permanência dele no hospital, assumindo todo o risco pelos resultados relatados.
O MPES entende ainda que o pretenso médico, sabendo da inabilitação e inabilidade dele para o exercício da profissão, também assumiu o risco de causar os graves e trágicos resultados, devendo responder dolosamente pela morte das três crianças.
Outro lado
O presidente da Sociedade São Vicente de Paula, que rege o Hospital Maternidade Nossa Senhora das Dores, Regino de Miranda Neto, disse que não tem informação sobre o caso, porque presidiu o hospital por apenas 87 dias. Ele contou que assumiu a direção do hospital no último dia 29 de abril e, 87 dias depois, a unidade foi fechada porque a promotoria proibiu o repasse de dinheiro. “Vou estar em Pinheiros nesta quinta-feira (5), com uma comitiva para uma reunião com o governador. Aí vamos ter uma decisão final sobre a reabertura ou não do hospital”, informou.


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